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sábado

Penta para uns e Hexa para milhões

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Por motivos, puramente, de vaidades, gerou-se a polêmica sobre a legalidade ou não do Flamengo ser Penta ou Hexa, por que legitimamente não há argumentos. É possível que esses mesmos que defendem o campeonato de 1987 para o Sport nem saibam distinguir as duas situações. Eu nem deveria perder meu tempo explicando. Legalidade baseia-se em algo escrito que pode não representar a vontade da maioria, por ser imposto, e é mutável. Já a legalidade representa a vontade da maioria, é o grito popular é imutável. Em sã consciência, qualquer ser racional sabe que a CBF naquela época se perdia no controle da entidade, permitindo campeonatos extensos com até 80 times, levando os clubes a prejuízos financeiros, que refletem até hoje e o futebol à falta de patrocinadores. A vontade popular, na época, era estádios cheios, melhores horários para os jogos e uma disputa mais equilibrada. Então surgiu o Clube dos 13 para fazer a vontade popular e a CBF, vendo o sucesso, tentou uma União que não foi aceita ainda na primeira etapa da Copa União que tinha o patrocínio da Coca Cola, Rede Globo, Varig e uma rede de hotéis

A decisão da Copa União foi no Rio de Janeiro, entre Flamengo e Internacional, perante 95 mil pessoas no Maracanã, e outras milhões espalhadas Brasil afora. A final que a TV transmitiu. Que o mundo noticiou. Que o Fantástico ilustrou para abrir sua edição daquele dia, com o hino do campeão. A final que honrou a luta dos clubes pelo futebol sério, que fez valer a vontade da população, a final de um campeonato que mudou o futebol brasileiro, com o apoio moral de todas as maiores torcidas do país.

Enquanto isso...

O Guarani vencia o Sport por 2x0. Ninguém se lembra, quase ninguém viu. O Sport devolveu o placar, longe da atenção do Brasil que nesse dia ligava a TV para ver a final no Maracanã. Ninguém sequer viu essa partida. Foram os dois para os pênaltis. Saiu o campeão? Não. Um empate. De tão medíocre o torneio, saiu um empate. 11 a 11 e assim ficou. A CBF não conseguiu tirar um campeão de uma disputa de pênalti. Então a empresa de Otavio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid recolocou os times que não souberam definir os pênaltis, para jogar de novo e o resultado todos sabem.

Do time do Flamengo, 10 jogadores passaram pela Seleção, muitos com glórias cantadas até hoje. O goleiro do Internacional foi o nosso herói do tetracampeonato. Sabe quantos o Sport colocou na Seleção? Nenhum. Zero. Nada.

Ser campeão não é ter o nome num livro mutável por decreto. Ser campeão não é ceder à pressão de homens sem caráter. Ser campeão é ter alma de campeão. É ser louvado campeão. É saber que venceu os melhores quando foi necessário. É comemorar num estádio lotado, contra uma equipe igualmente grande em tradição e história, sabendo que o país e o mundo parou para vê-los jogar, como sempre foi nas finais dos brasileiros ao longo dos anos. É ser gritado campeão. É sentir-se campeão. É ser noticiado mundo afora Campeão. O país parou e a torcida do Flamengo, a imprensa, a mídia, os patrocinadores deixaram o Maracanã com a íntima convicção de que o Flamengo era sim o legítimo Campeão Brasileiro ou melhor Penta Campeão Brasileiro.

Nem o próprio Sport e muito menos seus torcedores sentem-se campeões. Pois sabem que Guarani, Criciúma, Joinville, América-RJ, Inter de Limeira, Portuguesa, Atlético-PR, Rio Branco-ES, Bangu, Treze, Ceará, CSA, Náutico, Atlético-GO e Vitória, não representa nada do que foi dito acima, cujas virtudes estão, apenas, nos times da elite do futebol brasileiro como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Santos, Fluminense, Botafogo, Atlético/MG, Cruzeiro, Inter, Grêmio.

FS com LN

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