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domingo

Fla pega o Internacional hoje cercado de dúvidas



Quando entrar em campo hoje para enfrentar o Internacional, às 18h30, no Maracanã, o Flamengo conviverá com um dos seus pesadelos mais recentes. Há 31 dias, o mesmo adversário foi o responsável pela eliminação do time rubro-negro das quartas de final da Copa do Brasil. Vaga que estava na mão do time comandado pelo técnico Cuca até os últimos minutos de jogo, quando Andrezinho – meia formado nas categorias de base do Flamengo – acertou uma falta no ângulo do goleiro Bruno e classificou o o time gaúcho. Os dois times pegaram caminhos distintos desde então.

Um mês depois, o Internacional tomou a dianteira do Campeonato Brasileiro (é líder ao lado do Atlético-MG com 14 pontos) e está decidindo a final da Copa do Brasil com o Corinthians (na primeira partida, 2 a 0 para os paulistas). Já o Flamengo viu sua estrutura rachar. Apesar de ter vencido seus dois jogos seguintes à eliminação – 2 a 1 sobre o Santo André e Atlético-PR – o time perdeu de forma vexatória para o Sport (4 a 2) e Coritiba (5 a 0) e viu a crise bater à porta.

Problemas que extrapolaram o campo, resultados de um péssimo relacionamento entre a comissão técnica e alguns dos principais jogadores. Quando tudo parecia se encaixar no time de Cuca, que jogava bem e ainda contaria coma estreia de Adriano, foi o contrário o que aconteceu. O Imperador, que começou a treinar dois dias antes do Flamengo perder para o Internacional, tornou-se um grande problema logo após fazer seu jogo de estreia, no dia 31 de maio, contra o Atlético-PR, com direito a gol e boa atuação.

Dois dias depois da estreia, o atacante faltaria ao seu primeiro treino no clube, colocando um ponto de interrogação na cabeça de dirigentes, integrantes da comissão técnica e torcedores. Na semana seguinte, Adriano não compareceria a mais um dia de treinamento. A falta foi a fagulha que acendeu uma crise de relacionamento que andava meio adormecida por causa dos bons resultados conseguidos no mês anterior. Cuca fez críticas públicas sobre o comportamento de Adriano e foi repreendido por dirigentes.

A viagem para Teresópolis, onde a equipe passou a semana treinando na Granja Comary, nada mais foi do que uma tentativa desesperada da diretoria de encontrar um ponto de calmaria entre jogadores e o comandante para que o time pudesse voltar às vitórias. Hoje, então, o time espera vencer o Internacional para continuar sonhando com o título do Brasileiro, que não vem desde 1992.

– O trabalho aqui em Teresópolis foi ótimo. Saímos fortalecidos daqui. Sempre que você tem repouso, alimentação e uma carga boa de trabalho, as coisas fluem. Aqui ninguém tem pressa de sair correndo para casa – comentou Cuca, sabendo que seu cargo de técnico está em jogo hoje. – É uma decisão para todos nós. A gente já não vence há dois jogos e precisamos ganhar, principalmente sem tomar gols.

Caso vença a partida, o Flamengo diminui para quatro pontos a diferença para o Internacional. Diferença que pode ser a mesma para o Atlético-MG, caso o time comandado por Celso Roth perca para o Santos na Vila Belmiro. Porém, se o Flamengo perder e os líderes vencerem, a diferença iria para 10 pontos em apenas sete partidas disputadas. Muita coisa para quem ainda quer ser campeão. Além disso, com sete pontos, o Flamengo está perto da zona do rebaixamento.

– A gente tem que voltar a vencer para conseguirmos ter de volta nossa autoestima – disse Cuca, sem esquecer o gol de falta de Andrezinho há um mês. – Eu lembro daquele gol a toda hora.

Outro mês de crise

É bem verdade que não é a primeira crise que Cuca atravessa no Flamengo. Ele já viveu outro mês negro no clube quando foi eliminado para o modesto Resende na semifinal da Taça Guanabara, empatou com o fraco Tigres e perdeu para o rival Vasco, entre 21 de fevereiro e 22 de março. Para sua sorte, o time emplacou uma sequência de 11 partidas sem perder e ainda conquistou a Taça Rio e o tricampeonato carioca.

Com 32 partidas, 17 vitórias, nove empates e seis derrotas (a metade no Campeonato Brasileiro), Cuca mantém um aproveitamento de 62,5% no ano. O treinador começa hoje uma sequência de três jogos seguidos no Maracanã (Internacional, Fluminense e Vitória). Ele torce para que isso sirva de incentivo para colocar o time lutando na parte de cima da tabela. Porém, uma eventual derrota em casa pode colocar mais pressão sobre o técnico. Além da crise interna, hoje o risco é de fúria da torcida.

[JB]

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