Se há um exemplo bem-sucedido de capitão na história do Flamengo, esse é Zico – maior ídolo da história do clube. Representante dos anos dourados do time rubro-negro, ele é sempre lembrado como um profissional ideal por muitos de seus companheiros da época, além de jogadores mais novos que se espelharam no Camisa 10 da Gávea.
– Tem que ter o respeito do plantel, além de defender e representar bem o grupo perante a todos. Ele tem que mostrar a importância do profissionalismo com atos. Minha experiência foi gratificante e acredito que me saí bem – explicou o Galinho, que levou como capitão quatro títulos brasileiros, uma Libertadores, um Mundial, entre outros títulos.
Atualmente, Zico vê com bons olhos a liderança do goleiro Rogério Ceni, que se especializou em levantar taças do Campeonato Brasileiro como o ídolo rubro-negro. Bruno pode seguir o exemplo do rival paulista. Porém, não é tão fácil substituir Fábio Luciano, principalmente fora de campo, onde o zagueiro costumava ser o elo entre os jogadores e a diretoria.
– Dentro de campo, ele precisa ter liderança, passar tranquilidade, saber cobrar dos jogadores o melhor de cada um. Fora de campo, tem de ser o intermediário entre diretoria e jogadores para que haja um bom entendimento e para que as soluções sejam rápidas – opina Renato Abreu.
Nem sempre, porém, a relação entre capitão e diretoria é saudável – principalmente quando os salários costumar a atrasar.
– Certa vez, estávamos com os salários atrasados e os jogadores decidiram fazer uma greve e pediram para que eu requisitasse à diretoria uma reunião. Fiz isso, mas na hora ninguém se manifestou. – contou Leandro Ávila. – Ficou parecendo que eu tinha inventado tudo aquilo. Fiquei mal com o Edmundo Santos Silva, que era o presidente.
[JB]
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