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quinta-feira

Delair: ‘Não podemos satisfazer o clube árabe’


A guerra política começa a causar vítimas no Flamengo. Presidente em exercício, Delair Dumbrosck teme que, com o adiamento do acerto do patrocínio com a Ale, a empresa petrolífera desista de desembolsar R$ 3,5 milhões de outubro a dezembro. Se isso acontecer, Delair afirma que venderá jogadores para honrar compromissos com atletas e funcionários.

“Se não tiver dinheiro, vendo o Emerson por R$ 1 milhão”, dispara. Candidato à presidência nas eleições do fim do ano, Delair falou sobre o caso do ‘Sheik’. Mesmo com R$ 17 milhões oferecidos ao jogador, ele destaca que o clube tem que pensar na sua própria saúde financeira. A venda do atacante poderia trazer pouco dinheiro para o clube e ainda servir como arma de ataque da oposição.

O DIA: Qual é a posição do presidente do clube em relação a toda novela envolvendo o Emerson?

Delair: – Não podemos ter uma perda técnica sem ser recompensado no valor. Quando vamos contratar jogadores, ouvimos diversas exigências, os clubes não facilitam. Nós muitas vezes cedemos, mas a quantia oferecida pelos árabes não é benéfica, ainda mais por conta dos credores, como o caso do Gamarra. Com a atual proposta, é lógico que o Emerson segue jogador do Flamengo. Não podemos apenas satisfazer o clube árabe. Se eles quiserem realmente, tem que pagar o valor que compete ao Flamengo.

Mas como fica o Emerson que receberia R$ 17 milhões em dois anos, uma quantia muito significativa?

Não é com o Emerson. Estamos cobrando um valor para os árabes. Não vamos simplesmente atender ao pedido deles. Aí, lá fora fica todo mundo feliz, e nós ficamos com uma pequena quantia. Não somente o Emerson, mas todos os jogadores têm contrato para cumprir. Temos que pensar no clube.

O clube vive um ano político com muitas correntes internas. Quais os problemas que isso pode acarretar. O futebol pode ser atingido?

Sim, atrapalha muito nossos planos. Na terça-feira à noite, o Conselho teria uma reunião para aprovar o acordo com a Ale. Antes disso, atendemos todas as exigências do Conselho Deliberativo e Fiscal, nem demos preferência à empresa para uma possível renovação. Na hora da reunião, o Conselho Fiscal pediu que a decisão fosse prorrogada para a semana que vem. O responsável pelo patrocinador estava em São Paulo pronto para assinar o acordo e começar as ações de patrocínio.

E, agora, como fica? Existe risco de a Ale desistir?

A empresa já estava com tudo pronto para começar a colocar a logomarca na camisa, que seria usada a partir do dia 1º de outubro no lugar da Olympikus Tube. O patrocinador, mesmo sem ter preferência, já tinha até coletiva para anunciar proposta para 2010. Agora, estamos sujeitos ao patrocinador dizer: ‘Estou fora. Tchau’.

Caso a desistência aconteça, quais seriam as consequências?

No próximo dia 25 , dia que foi definido para fazer o pagamento mensal dos jogadores, não teremos dinheiro para pagar. Se não tiver dinheiro, vou ter que vender o Emerson por R$ 1 milhão. Vou ter que me sujeitar a vender jogadores. Imagina perder uma pedra preciosa como o Willians?! Jogador eu posso vender, já a assinatura de contrato de patrocinador está sujeito aos grupos políticos. Também posso ir ao banco pegar empréstimos que serão bem prejudiciais.

Com tantos problemas, desfalques e perdas de jogadores, guerra política, o senhor mantém a confiança de que o time realmente pode brigar pelo título do Campeonato Brasileiro?

Até o Barueri está pensando em ser campeão nacional, mas será que eles têm estrutura para se manter no segundo turno? A confiança no título continua, nós estamos aí para isso. Para o bem do Flamengo é preciso que a política interna não traga mais problemas para o clube. Alguns grupos políticos não querem deixar recursos na minha mão.

ODOL

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