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quarta-feira

'Telefone sem fio' provoca interferência



Indicado pelo amigo Adriano, o volante Yves, ex-Vasco, chega para testes no clube e provoca uma imensa confusão no desencontrado discurso da cartolagem rubro-negra


No gramado da Gávea, ontem pela manhã, jogadores faziam exercícios descontraídos, como pular carniça. Fora de campo, Yves causou uma espécie de ‘telefone sem fio’. Indicado por Adriano, o ex-volante de Vasco e Mesquita realizava exames médicos no clube sem o conhecimento da cúpula do futebol. Cuca disse que não tinha sido indicação do atacante; pouco depois, o vice de futebol Kléber Leite revelou que o treinador recebera um pedido do Imperador para que o jogador fosse observado, mas não sabia que o atleta já estava no clube; enquanto isso, o empresário Paulo Ricart garantia que seu cliente assinara contrato até o fim do ano; o presidente em exercício Delair Dumbrosck ligou para Kléber para saber quem era a nova contratação; à noite, depois de uma reunião, o vice de futebol encerrou a ciranda de informações: segundo ele, Yves será observado durante duas semanas e, caso seja aprovado, poderá integrar o elenco.

“Ele não está contratado. O Cuca me disse no vestiário que o Adriano pediu para observar um jogador, suponho que seja esse. Ele vestiu a camisa, mas não treinou. Fez exames, pois se um atleta entra em campo e sofre um enfarte a culpa é nossa. O Delair me ligou para saber quem contratou o jogador. Disse que só se tivesse outro vice de futebol, pois eu não fui. O Yves será observado, assim como fizemos com outros jogadores”, declarou Kléber Leite.

Pela manhã, o empresário de Yves, Paulo Ricart, afirmou de forma clara: “Ele assinou contrato até o fim do ano”.
Yves vestiu uniforme de treino com o número 13, mas talvez esperasse melhor sorte. Nas últimas semanas, o jogador esteve em diversos treinos na companhia de Adriano, de quem é amigo há tempos. Ontem, os dois deixaram o clube abraçados e seguiram juntos no mesmo carro. Sem a mesma direção parecia a comunicação entre comissão técnica e dirigentes. “Não foi nada de Adriano”, disse Cuca.

O técnico talvez não soubesse que pouco depois Kléber Leite confirmaria a indicação.

“O Yves tinha sido oferecido, fizemos boas observações dele. Além disso, ele pode ser uma alternativa na ausência de volantes. Tomara que ele vá bem para se encaixar no grupo. Por enquanto, será avaliado”, esclareceu Cuca.

Quando Yves chegou ao clube ontem pela manhã, o gerente de futebol Isaías Tinoco foi informado por Cuca sobre o período de observações. À tarde, o volante voltou à Gávea para dar sequência aos exames.

Na segunda-feira, o diretor de futebol Plínio Serpa Pinto disse que não conhecia o jogador e que a chance de ele ser contratado era zero. Ontem, Plínio manteve o discurso.

Alheio, Yves fazia o sinal de positivo e exibia um sorriso de criança no dia em que a Gávea teve carniça e telefone sem fio.

[O Dia]

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