Image and video hosting by TinyPicImage and video hosting by TinyPic

domingo

Fim de um tabu histórico na Vila Belmiro


Gol contra de Pará, aos 43 do segundo tempo, garante triunfo por 2 a 1 e fim do tabu rubro-negro no palco do Rei ao som de 'Zico é melhor que Pelé'

Mil jogos na conta e um tabu a menos para quebrar. No dia em que se tornou o primeiro clube a completar a milésima partida pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo despachou o Santos por 2 a 1 fora de casa e conquistou a primeira vitória sobre o Peixe na Vila Belmiro na história da competição. Até então o único triunfo tinha acontecido em 1976, pelo mesmo placar, em amistoso. Adriano e Pará, contra, garantiram a virada, após Róbson abrir o placar.

Com o triunfo, o time carioca chegou aos 20 pontos, na nona posição. Já os santistas, com 17, caíram para a 11ª colocação. Na próxima rodada, o Santos vai até o Recife encarar o Náutico, no estádio dos Aflitos, quarta-feira, às 19h30m, enquanto o Flamengo recebe o líder Atlético-MG, quinta-feira, às 21h, no Maracanã.

Primeiro tempo nivelado...por baixo

Colados na tabela, cariocas e santistas comprovaram no primeiro tempo o equilíbrio evidenciado na classificação. Se logo aos 27 segundos Neymar fez boa jogada pela esquerda e rolou para um bom chute de Paulo Henrique defendido por Bruno, o cronômetro não marcava nem dois minutos quando Emerson arrancou em velocidade pelo meio atormentando a zaga rival até o desarme de Rodrigo Souto na entrada da área.

Com maior posse de bola, o Peixe comandava as ações, mas assustava pouco, apesar do elétrico trio formado por Mádson, Paulo Henrique e Neymar. Se era eficiente na marcação, o Rubro-Negro pecava na armação de jogadas. Mais uma vez apagado, Kleberson não fazia a ligação entre o meio e o ataque, obrigando a equipe a tentar ligações diretas e causando reclamações de Adriano.

O primeiro chute do Flamengo no alvo foi de Everton, aos 13. O ala-esquerdo limpou a jogada para o meio e chutou de direita. Felipe ficou com a bola sem dificuldade. O troco do Santos aconteceu no minuto seguinte com Mádson. O baixinho fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Neymar. O jovem já preparava a cabeçada na pequena área quando Toró fez o corte providencial.

Aos 15, Adriano recebeu de Emerson em contra-ataque veloz, deixou Domingos para trás, invadiu a área e foi atrapalhado por Léo Moura. Os três minutos agitados deram a impressão de que a primeira etapa seria movimentada. Puro engano. Restrito ao meio-campo, a partida voltou a ficar monótona e lances de perigo aconteceram somente em bola parada.

Mádson levantou na área, aos 22 minutos, Welinton falhou feio e furou ao tentar fazer o corte. A bola sobrou limpa para Neymar, que chutou torto e desperdiçou a oportunidade. Aos 38, o Flamengo deu o troco na mesma moeda: de muito longe, Adriano cobrou falta com violência e obrigou Felipe a fazer uma difícil defesa.

Lances isolados de um primeiro tempo que ao menos terminou com uma boa e improvável jogada individual. Domingos abandonou a zaga para atacar de ponta-direita, driblou Willians e cruzou rasteiro. Neymar emendou de primeira, e Bruno salvou o Fla.

Gol contra decreta o fim do tabu

Na segunda etapa, o panorama da partida seguiu o mesmo: muita correria e pouca objetividade. Melhor em campo, mesmo fora de casa, o Flamengo tropeçava nos próprios erros e não conseguia assustar. Diante da falta de qualidade, Adriano tentava chamar o jogo para si e foi responsável pelas melhores oportunidades.

Aos três minutos, Léo Moura cobrou escanteio, Angelim escorou de cabeça, e o Imperador arriscou uma bicicleta desajeitada. O lance deu gás ao time carioca, que se mantinha no campo de ataque, girava a bola de um lado para o outro, mas não levava perigo ao gol de Felipe.

Quando o fez, aos 15, o goleiro santista deu conta do recado. Ronaldo Angelim mais uma vez desviou cobrança de escanteio e encontrou Adriano no bico da pequena área. O atacante emendou e parou nos pés de Felipe. Até então, o Peixe praticamente não tinha passado do meio-campo. Ao atacar, no entanto, foi eficiente. Aos 24, Léo roubou a bola de Léo Moura, Paulo Henrique serviu Róbson e o atacante acertou um chute seco no canto esquerdo de Bruno: 1 x 0.

O gol não alterou o panorama da partida. O Flamengo seguia com a bola, mas sem saber o que fazer. Cansado de esperar por passes no ataque, Adriano recuou para o meio e igualou o placar para os rubro-negros. Ao melhor estilo Imperador, ele pegou a bola na intermediária, aos 32, e soltou um tiro de canhota para decretar o empate.

Os cariocas pareciam satisfeitos com o resultado e passaram a segurar a bola no meio-campo, até que Bruno Paulo escapoliu pela direita e recebeu passe de Léo Moura. O jovem cruzou rasteiro, a bola passou por toda a área, e Pará impediu a conclusão de Adriano tocando contra o próprio patrimônio. Festa rubro-negra no palco do Rei do Futebol pela primeira vez na história celebrada aos gritos de "É, o Zico é melhor que Pelé!".

Ficha técnica:

SANTOS 1 x 2 FLAMENGO

Felipe, Pará, Fabão, Domingos (Astorga) e Léo; Roberto Brum (Róbson), Rodrigo Souto, Germano e Madson; Paulo Henrique e Neymar (Tiago Luís).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Bruno, Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Everton; Aírton, Willians, Toró (Bruno Paulo) e Kleberson; Emerson (Fierro) e Adriano.
Técnico: Andrade.

Gols: Róbson, aos 24, Adriano, aos 31, e Pará (contra) aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Germano e Roberto Brum (Santos) Toró e Willians (Flamengo).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP).
Data: 26/07/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR).
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Ivan Carlos Bohn (PR).

GE

Nenhum comentário:

Horario