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domingo

Uma torcida especial no reencontro com a 'nação'



Diante dos olhos, a imagem de Adriano reestreando no Flamengo, hoje, no Maracanã, aos gritos de uma torcida vibrante com o retorno do Imperador. Na cabeça, um flashback com as lembranças dos tempos difíceis, da infância pobre na Vila Cruzeiro, na Penha, mesclado ao sentimento de orgulho ao ver de perto a volta por cima do neto.

Ouça a homenagem feita pela Tia de Adriano:


Ao lado de mais 31 familiares e amigos, Dona Vanda, 70 anos, estará hoje à tarde no estádio e, assim com a filha Rosilda, mãe do craque, espera ver Adriano balançar a rede em seu retorno. “Se ele fizer um gol já está bom. Ele precisa subir degrau por degrau”, opina a avó, que guarda até hoje a primeira camisa usada por Adriano no futsal do Flamengo, aos 9 anos.

Em sua reapresentação, em maio, Adriano afirmou que a avó o ‘mataria’ se ele vestisse outra camisa no Brasil que não fosse a do Flamengo. A partir daí, o ‘assédio’ à Dona Vanda aumentou e, com muito humor, a família se diverte com as ligações dos jornalistas à procura dela. “A senhora não queria ser famosa?”, ri uma das filhas de Dona Vanda.

Nascida em João Pessoa, na Paraíba, a xodó do Imperador teve sete filhas e um único filho: Rosy, 48 anos, Vanderlei, 47, Rosemary, 45, Rosilda, 44, Rosélia, 44, Rosalva, 41, Vanderléia, 39, e Rosana, 38. “Aqui em casa todo mundo é Flamengo. Entendo que o Adriano é jogador e pode ir para qualquer clube, mas Deus me livre, ver o Adriano no Vasco”, brinca.

Mais famosos do que a própria Dona Vanda são os seus pastéis, tradicionais na família. Quando Adriano começou a jogar no Flamengo ela conta que levava o salgadinho não só para o neto como para os amigos.

Nunca vendi. Sempre dava para os meninos. Mas só fazia nos dias de jogos”, conta ela, mesmo diante das dificuldades, que a forçava levar Adriano aos treinos vestido com a camisa da escola pública e ela portando a carteira de aposentado do marido, para os dois não pagarem a passagem de ônibus.

No final dos anos 80, época em que todos os meninos sonhavam ser Zico, Dona Vanda relembra que Adriano queria ser Adalberto, ex-lateral-esquerdo rubro-negro. “Ele sempre pensou com os pés no chão porque a mãe criou ele assim. Para ele, ser como o Zico era demais, então ele queria ser o Adalberto. A Rosilda diz a ele para pensar pequeno que Deus dá grande”, diz. “Adriano é muito bom, não é porque é meu neto, mas a gente até briga com ele por não ter maldade”.

Em nove anos de futebol profissional, Dona Vanda e as irmãs não esquecem a emoção de ter visto o craque brilhar na conquista da Copa América pela Seleção. “Não teve momento mais emocionante do que aquele”, conta Mary, esperando que o sobrinho tenha o mesmo sucesso em seu retorno ao Flamengo.

[O Dia]

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